الأحد، 29 نوفمبر 2015

مجلة السنونو ( العدد التاسع ) - الوطن في عيونهم من وراء البحار ( حليم دموس )

مجلة السنونو ( العدد التاسع ) - الوطن في عيونهم
من وراء البحار ( حليم دموس ) عربي / اسباني ( ARA / ESP )

من وراء البحار
حليم دموس
أرض الأحــبــة مـا أبــهـى مـغــانـيـهــا       وما أُحـَيـْلى زماناً لـي مضى فـيـهــا
حــيـث الــمسـرّة لا بــُؤسٌ يُـمـازِجُـهــا       ولا بلادٌ بـطـيب العَـيْـش تحكــيهــــا
فــيا نسـيــمٌ عــلـيـلٌ قــد حـكـى جـسدي        يسري إلـيـهـا الـهُـوينا من روابيهــا
مـيـاهـهـا ذهـبـتْ بـيـن الــوَرى مـثـــلاً        تجري لُجَـيْناً مُـذابـاً مـن مجـاريـهــا
تعـدو سـريـعاً خلال الـروض صافـيةً        كـحـيَّــةٍ وسْــط غـابٍ فـي تـلـوِّيـهـــا
والـغـصـن مـن فـوقها يـختـال مُنـثــَنـياً        والطـير مـن فوقـه باتتْ تُـنـاغــيـهـا
أرضٌ وِلـعْـتُ بـهـا مـن قـبلـما عـرفـتْ        نـفـسي الـهـوى فَـلِـذا قـلـبـي يُـحيِّيهـا
قـضيـتُ فــيـهـا مـع الأحــبــاب آونــــةً        يا ليـت لـي خَـلسَاتٍ مـن ثوانـيــهـــا!
ما كـنت أقــنع بـالأوطـان عــن كــثـبٍ         فصرتُ أرضى بطيـفٍ منْ أهاليهـا
نـادى مـنادي الـنّـَوى يـنـعـى تـفـرّقــنـا         فـلبـّتِ الـنـفـسُ عــن كُــرْهٍ مناديهــا
ودّعـــت أهــلـي وإخـواني ومـدرسـتـي         والحـزن يـلـذع أحشـائي فـيكويـهــا
سـارت سـفـيـنـتـنـا والـدمعُ مُـنْـسـجِـــمٌ         كـأنّ ما سـحّ مـن جـفــنيَّ يـجـريهــا
حـتى حـلــلـتُ بــلاداً كــنـتُ أجـهـلــهــا         وكـنت أهْـفـو إلى مرأى أراضـيـهـا
والآن من فرْط ما قاسَيْتُ من غصَصٍ         أحيي الليالي و بـالأشجـان أَقـضيهـا
تـزكـو الصـبابـةُ فـي قلـبي فــأكـتمهــــا         لكـنّ دمعي على الخـدّيـن يـفـشـيـهــا
يا زائراً (زحـلـة) الميمـونُ طـالــعُـهــا         عَـرِّجْ عـلى دار عـلْـمٍ فـي أعـالـيهــا
قــفْ بـيـن أرْبـعـهـا واذكرْ لها شغـفـي         واقـرأْ سـلامي عـلى مَنْ حلّ ناديهـا
وإنْ شـهدْتَ رئـيـسـي معْ أسـاتـذتي 2         وخـيـر صحْـبٍ لـِنَـشْرِ العلْم حَـلّوهـا
فــقُــلْ لــهـم : إنـنـي شـــادٍ بـذكْــرهـــمِ         أمـيـل عُجْـبـاً وأثـني معـطـفي تِـيهــا
فـكـيــف يَجْحـدُ مـثـلي فضْلَ مدرستـي         تسـيــر فــي دمــه دومــاً مـبـاديـهــا
مـعــاذ ربِّــي أن أنســـى عَــوَارفـــهـــا         وإنْ نـأيـتُ فــبـالـذكــرى أنـاجـيهــا
يـا قـاطـني مـعـهــدَ الـعـرفـان دونَـكُــمُ         سـطـورَ ودٍّ إلـيـكـم جـئـتُ أُهــديـهـا
منـظـومةً صغـتُـهـا والبـعـد بــرَّح بـي         ولــَوْعــتـي تـتـجـلَّـى فـي قـوافــيـهـا
تـجـري عـلى سُـفُــن الآمـال طــاويــةً         ممالكَ الأرضِ و الأبحـار تَطْويهـا
كــتـبـتـُهــا بــمــداد الــدمــع مــنــفــرداً         والـقـلب يـخـفـق والأشواق تـملـيهـا
وإن أردتـــم بـيــانَ الـقــولِ عــن ثـقــةٍ         فـحـلّــلوهـا تَروْا دَمْـعـي جرا فـيـهـا

ــ بعث الشاعر حليم دموس بهذه القصيدة من البرازيل إلى الخوري بولس كفوري منشئ جريدة "المهذّب" ورئيس الكلية الشرقية يومئذ ـ في 15 نيسان 1906
ــ الأساتذة: الياس المر المسيو ميار الفرنسوي, الخطّاط نجيب الهواويني جرجس همام, عيسى اسكندر المعلوف
Detrás dos Mares

 

Por Halim Dammous
Trad. Michel Sleiman

Terra dos entes queridos, como -São belas as suas moradas,
E como foi bom o tempo em que nela eu passei
Onde adversidade alguma ri-
Valiza com a alegria
E lugar algum contesta- lhe as
boas formas de vida.
Tem uma brisa que suave
tratava o meu corpo
e à noite cuidava- lhe as dores
do dia.
Suas águas entornam exemplo à humanidade
A correrem fluidas e prateadas
nos canais
E a afluírem céleres e puras nos Prados
Tal cobra sinuosa e curva em
meio à mata
Galhos por cima espelhados,
recurvos, onde
Murmuram os pássaros sons do
recolhimento.
Terra que desejei antes que
minha alma
Conhecesse o amor, a ela o meu
coraÇão acena.
Nela passei um tempo com
meus amados
Agora quem dera roubar- lhe
algum instante!
Não me contentava com os
Países da cercania
Agora me contenta o espectro
distante de sua gente.
 
Chamaram as vozes da distân-
cia, separamo-nos
Até a alma repugnar-se pelo
Chamamento.
Despedi- me dos pais, dos ir-
mãos e da escola
Tristeza a queimar-me por
dentro.
Lado a lado o navio as lágri-
mas
Como se o que descia das pál-
Pebras movesse o mesmo navio.
Até que eu não deixasse um
País, ignorava-o
E rápido acudia à sua gente.
Agora, de tanto suportar o tor-
mento,
passo as noites em claro, so-
frendo.
No peito inflama uma paixão,
que escondo
Mas as lágrimas no rosto
revelam.
Tu que visitas Zahlé, a da sorte
nas estrelas
passa numa escola, no alto da
cidade
pára no átrio e lembra-lhe o
meu amor
lendo a minha saudação aos
seus fundadores.
E se encontrares o presidente
Com os professores2
E os nobres senhores difusores
do conhecimento
Diz a eles: que eu lhes canto a memória,
Ufano a Escola, e meu carinho
Por ela redobra.
Como renegar-lhe o mérito
Cujos princípios sempre correm
no meu sangue?
Dues me leve o dia em que
esquecer seus benefícios
Ou dela apartar-me, como? Se a
evo em segredo na memória?
 
Oh habitantes do Seminário dos
Urfán3, aceitem,
Venho oferecer- lhes estas linhas
De amor em verso enquanto a
distância me aflige
E a dor se manifesta nas rimas4,
Conduzem, no barco das espe-
ranças,
Os reinos da terra, tendo a mé-
trica no encalço;
Escrevi-as com a infusão de
Cada lágrima,
Coração celerado, transbordado
de saudades.
Querendo confirmar o que diago,
Destrinche-nas:
verão que meu sangue as subli-
nha.
 
 Poema enviado do Brasil ao padre Bulus Kfuri, editor do jornal libanês Almuhazzab e então presidente da Universidade Oriental, em 15 de abril de 1906. Nota do editor.
 
 São eles: Elias Almarr, Monsenhor Maiar Alfaransauï, o calígrafo Nagib Alhawawini, Jirjis Hammam, Issà Iskandar Almaluf. Nota do editor.
 
 Seminário dos sábios. Nota do tradutor.
 
 O poema tem rima comum em íhá, partícula árabe possessiva correspon- dente ao português "dela", que ao longo do poema se refere na maioria das vezes á "terra" e à "escola". Nota do tradutor.
 
 
WEBMASTER : AA-ALSAAD
This Web Site Programmed and Written By ABD ALMASSIH JAMIL ALSAAD ..... Copyright 2003 (C) SCOPNET  All Rights Reserved 

ليست هناك تعليقات:

إرسال تعليق